quarta-feira, 9 de maio de 2012

Mais oportunidades, mais igualdade e mais renda para os nossos trabalhadores


O mês de maio traz à memória a história de lutas e de conquistas que os trabalhadores protagonizaram no mundo nos últimos três séculos. Nosso país pode, em especial, celebrar avanços que se traduzem nos direitos conquistados na Era Vargas, que garantiram melhores condições de vida às famílias. Desde a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) muito já mudou.

Esse olhar no passado deve servir de estímulo no presente e na busca de soluções para os desafios de hoje. Um olhar apurado e detalhado de nossas cidades evidencia que alguns desafios permaneceram e outros surgiram ao longo dos anos.

Ao trazer esse debate para Porto Alegre, percebemos importantes avanços e grandes desafios. Com uma das menores taxas de desemprego entre as regiões metropolitanas brasileiras, Porto Alegre fechou 2011 com um percentual total de 6,5%, conforme a Fundação de Economia e Estatística (FEE). Dado positivo e que nos dá a certeza deque podemos ter metas ainda mais audaciosas na busca de melhores oportunidades aos cidadãos que vivem na capital.

Uma das metas deve ser a reversão do dado que mostra que o desemprego entre as mulheres é maior que entre os homens. Em Porto Alegre, esse percentual foi de 7,5% para o público feminino no ano passado, enquanto os homens contabilizaram 5,5%, segundo a FEE. Outra situação que pode ser revertida é a taxa de desemprego que atinge a juventude, hoje a mais afetada pela falta de emprego. Quanto mais jovem, maior é a taxa de desemprego. Em 2011, pelo menos 15,6% daqueles que têm entre 18 e 24 anos estavam desempregados.

Um dado mostra o quanto podemos avançar. Porto Alegre está em quinto lugar quando analisamos o PIB per capita do país (R$ 26,3 mil em preços correntes em 2009). Estamos atrás de Vitória, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Mais, nosso trabalhador enfrenta a estagnação do rendimento médio há mais de uma década. No ano passado, o salário médio real total em Porto Alegre ficou em R$ 1.808.

Penso que o poder público pode ter papel protagonista na melhoria do quadro. Ainda temos que diminuir, por certo, a taxa de desemprego. Ir além, no entanto, dever ser o objetivo. Como? Tendo como o centro do desenvolvimento uma administração empreendedora. Para isso é preciso que exista um espaço consolidado que pense e projete o futuro da cidade, promovendo ações que atraiam investidores e que valorizem aqueles que querem ajudar a cidade a crescer.

Não podemos esquecer, nesse sentido, que é preciso iniciar, também, um trabalho de base, com a garantia de vagas nas creches para todas as crianças e com educação básica de qualidade. Com educação sólida e universal, a gente muda o futuro. Com atração de investimentos, a gente muda o presente.

Potencial nós temos: a concentração por habitante de pessoas com mestrado e doutorado é uma das mais altas do país. O desafio é transformar isso em oportunidades concretas de desenvolvimento pessoal e profissional para todos.

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